Esta é a
quarta e última parte da looooonga história do nome deste Blog. Não deixe de
ler desde o começo, clicando aqui.
Intoxicar pode
ser definido por “envenenar(-se) ou causar envenenamento pela absorção de
substância tóxica”. Diferentes fatores influenciam o processo de intoxicação.
Quanto maior for o tempo de exposição
a uma toxina, por exemplo, maiores serão as possibilidades deste produto causar
danos à saúde. Da mesma forma, quanto maior a concentração do agente químico, maior será a possibilidade de causar
um efeito danoso. A toxicidade
também é um fator importante, pois algumas substâncias são mais tóxicas que
outras se comparadas em mesma concentração. A natureza da substância química (se um gás, um líquido, etc) também influencia,
pois, tem relação com a forma de entrada do tóxico no organismo (por inalação,
ingestão ou contato epitelial). Por fim, a susceptibilidade
individual, uma vez que algumas pessoas são mais sensíveis do que outras a
determinados agentes químicos.
Para
nossa reflexão, é importante conhecer também quais são os possíveis efeitos
destas substâncias em nosso organismo. Podemos apresentar desde uma simples
irritação (de olhos, nariz, garganta, pulmões ou pele), ou sintomas como asfixia
e anestesia, por exemplo. As ocorrências de intoxicação podem ser classificadas
como agudas ou crônicas, e algumas podem até mesmo levar à morte. Então, como eu posso usar um termo negativo, como BioTóxico,
que indica efeitos prejudiciais para falar em “intoxicar-se com a vida”?
Bom,
na verdade eu nem precisaria explicar, porque o blog é meu e eu dou o nome que
eu quiser, hauhauhauhau (mas se eu não
explicar, eu não terei nada pra postar aqui ). Afinal, ninguém se preocupa
com o nome das coisas, mas deveria. Enquanto professor de biologia afirmo que
muitos estudantes aprenderiam muito mais se atentassem à “lógica” no nome das
estruturas biológicas (como os termos
procarionte e eucarionte, citados na parte 1 dessa trilogia de 4 textos. Mas
isso eu explico em outro momento). Então, vamos lá.
Sim,
é uma relação com o conteúdo ciência e fé que tenho introduzido neste espaço. Cristo disse, no
evangelho de Lucas, que quem esquecer a si mesmo por causa dele terá a vida verdadeira. Podemos
pensar, então, que além da vida biológica, individual, familiar, acadêmica e etc, existe
uma vida, que é verdadeira, e a qual todas as outras estão submetidas. Mas a qual
sentido se refere essa vida verdadeira? O de ser real? Ser palpável, factual e fundamentada?
Ser sincera, honesta e confiável? Ser exata, válida e inquestionável? Não sei dizer! Entretanto, as perguntas elencadas também são verdadeiras e legítimas, independentemente de apresenta-las
a partir de um livro bíblico ao invés de leituras de Sagan ou Dawkins. Eu não
sou o primeiro a questionar e querer refletir sobre isso, e nem serei o último,
só sei que a ciência não consegue me responder todos estes questionamentos pois alguns simplesmente
fogem ao seu escopo. É importante reconhecer o limite e o objetivo da ciência,
e também o da fé. Se existe uma vida verdadeira, existe uma vida falsa. E da
mesma forma, podemos pensar nessa falsidade como mentira, farsa, irrealidade, vida imaginária, fictícia, imprecisa, imperfeita, incerta e errada. Qual vida eu vivo? Ou ainda, qual vida eu quero viver?
Tenho
uma intenção, e não necessariamente uma resposta, que é me intoxicar da vida
verdadeira, daquela que é, ao mesmo tempo, o caminho e a verdade, sem a qual
ninguém chegará ao Pai. Chegar ao Pai e permanecer nele por este caminho é o
objetivo de todo cristão.
E para quem
também tem esse objetivo de intoxicar-se, pense na possibilidade de aumentar o tempo de exposição a essa vida com um
relacionamento construído com a dedicação de algo tão precioso para nós nos
tempos atuais, o tempo que podemos ficar expostos a Ele (ao invés de ficar vendo treta no twitter =P). Quanto mais tempo em
contato com O composto (são três
substâncias: Pai, Filho e Espírito Santo), maior será sua ação “tóxica”, em
que Ele invade, transforma, renova e preenche o nosso vazio, afeta os nossos
sentidos e se apresenta como boa razão para a nossa fé. Da mesma forma, quanto maior a concentração do agente (que em nossa leitura não se trata mais de
algo químico, mas sim espiritual) e a sua toxicidade (Sua graça
irresistível), maior será a possibilidade de causar um efeito danoso à nossa
falsa vida, "aquela", imperfeita e tóxica aos nossos próximos (só pra usar o sentido figurado e atual do
termo), e que é capaz de nos dar vida em abundância (da verdadeira). As naturezas
da “substância” capazes de converter a falsa vida são Amor e Justiça, e sua forma
de atuação é a renovação da nossa mente, pela fé que excede todo entendimento, que temos acesso pelo ouvir a Palavra (aquela
mesma, viva). Por fim, a susceptibilidade
individual, uma vez que algumas pessoas são mais sensíveis do que outras a
determinados agentes, e neste caso, podemos dizer que algumas possuem o coração contrito,
ou ainda, que têm ouvidos para ouvir, e ouvem, enquanto outras são mais "tolerantes" a tudo isso.
E para concluir,
deixo algumas considerações sobre “BioToxicidade” no âmbito deste blog a partir
da pergunta feita na parte
3: se BioTóxico se refere a
intoxicar-se com a vida, o que seria uma overdose de vida?! Penso que seria
ter vida eterna (e aqui eu deixo mais uma contribuição do
nosso querido John - 3:15, “para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna”). Para isso, para a "máxima intoxicação”, é preciso crer, e isso
não é um sentimento, e sim uma ação volitiva de cada pessoa. Por isso, entendo
que ao invés de divorciar o amor a Deus e a nossa fé da nossa vida intelectual,
a Bíblia claramente declara que o amor a Ele repousa sobre nosso próprio
intelecto. O maior mandamento é amar a Deus com nossa mente. Portanto, busque-o
enquanto se pode achar!
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